Encontro da Comunidade com o Bispo de Recife e Olinda, Dom Fernando Saburido
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Encontro de novos profissionais
Testemunho de Rodrigo Coutinho Suassuna
Tenho a sensação que o mundo vem “escurecendo” com o passar das gerações por falta de fé. Às vezes, sinto que essa escuridão é tão forte que tenho medo dela destruir toda luz que existe nos bons corações. Ao mesmo tempo que essa escuridão avança mundo afora, sinto que a humanidade se perde porque os homens têm feito as escolhas erradas. Hoje, infelizmente, grande parte dos jovens escolhe viver de coisas fúteis e se contenta com uma felicidade passageira e irreal.
Durante esses dias de peregrinação na Arquidiocese de Caruaru, a Cruz e o Ícone de Maria, arrodeados por multidões, renovaram corações e permitiram que a luz vencesse a escuridão por onde passamos. Enquanto carregava a cruz, meu cansaço físico me fazia lembrar o esforço que Jesus fazia para carregá-la sozinho, com uma coroa de espinhos, sendo humilhado e apanhando constantemente; me senti, por vezes, à beira da crucificação e, no silêncio do meu coração, disse sim à ela porque escolhi viver na Luz, anunciando o evangelho.
Durante as caminhadas entendi que preciso continuar carregando as verdadeiras cruzes desse mundo para que cegos voltem à ver, surdos à ouvir e coxos à andar. Não podemos mais perder tempo. Nos momentos de louvor, tive a certeza que a igreja está viva e pronta para reconquistar o mundo através do Amor de Cristo.
Para mim, foi uma alegria muito grande carregar os dois grandes símbolos da Jornada Mundial da Juventude, que, por onde, passam transformam tantas vidas e provam que Jesus é maior que tudo e todos. Foi uma experiência única, que será fonte de esperança, alegria e fé para o resto de minha vida.
Rodrigo Coutinho Suassuna
Pensamento Espiritual – Novembro/2012
Caríssimos,
Meditei, algum tempo atrás, a carta apostólica do Sumo Pontífice Bento XVI, com a qual se proclama o ano da fé.
Agradeço a Deus por ter me dado a “graça” de receber este documento que trouxe uma “força nova” para alma e um desejo ardente de assumir cada palavra e sugestões do Santo Padre.
O documento inicia com tais palavras: “A porta da fé, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na Sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.”
Extraordinário!
“A porta de fé está sempre aberta para nós”. Independe de nossos pecados, de nossa pouca adesão, de nossa preguiça espiritual. Ela está sempre aberta. Para passar por ela, é “preciso deixar-se plasmar pela graça e anunciar a Palavra”.
Este caminho já se iniciou para nós, com o batismo e, só terminará com nosso encontro definitivo com o Autor da fé: Jesus. “É um caminho que leva a vida inteira”.
Este ano de fé, proclamado pelo Papa, que iniciou no dia 11 de outubro de 2012 e terminará em 24 de novembro de 2013, visa que cada católico, “redescubra o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.
Parece-me, que no coração do Papa, exista uma preocupação, de que, nós, estejamos perdendo a real dimensão do nosso seguimento a Jesus, devido à secularização e relativismo que estamos imersos. Nada pode justificar a falta de nossa adesão a Cristo a Sua Igreja. “Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida”.
“Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos”.
Este ano é um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
Nossa comunidade, cada Lumeniano, deve assumir como própria, o desejo do Papa. O que fazer então?
1. “Abandonar-se progressivamente nas mãos de um Amor que se experimenta cada vez mais, porque tem sua origem em Deus”.
2. Intensificar nossa reflexão sobre a fé.
3. Fazer publicamente nossa profissão de fé, através do Credo e rezá-lo todos os dias, especialmente no início de nossos encontros, reuniões, retiros, atividades. (marcaremos um ato público).
4. Intensificar a celebração da fé na Liturgia, particularmente na Eucaristia, realizando uma celebração penitencial, onde se peça perdão, particularmente pelos erros contra a fé. (marcaremos a celebração penitencial).
5. Testemunhar com a vida nossa adesão a Cristo.
6. Ler o Evangelho diário, estudar os documentos da Igreja, prioritariamente o Catecismo da Igreja Católica. (nosso programa de formação para o próximo ano).
7. Rezar constantemente pedindo o dom da fé.
8. Assumir as ações sociais que demonstram nossa fé, lembrando o apóstolo Tiago: “de que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiveres obras de fé?”
9. Evangelizar. Organizar nossos encontros de evangelização com ardor e imenso amor, pois “o amor de Cristo nos impele”.
10. Manter o olhar fixo sobre Jesus Cristo, e Cristo crucificado, buscando olhá-Lo através de olhar de Maria e João aos pés da cruz. Jesus “autor e consumador da fé”.
11. Recorrer a Maria, que “acolheu a palavra do anjo e acreditou no anúncio de que seria a Mãe de Deus na obediência de sua dedicação”.
12. Viver cada vez melhor e com mais decisão e coragem os conselhos evangélicos, especialmente o da obediência a Deus e a Igreja, sem hesitar jamais.
Sejamos fiéis depositários da fé que recebemos e gritemos com nossa vida que “cremos”. No documento, Bento XVI diz, lembrando o apóstolo Pedro, diz: “é por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, nos O amamos; sem O ver ainda, credes n´Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas”. (1 Pd. 1 6-9).
Lumenianos, proclamemos nossa fé aos quatro cantos. Digamos, se preciso com a voz, que cremos em Deus, em Jesus, no Espírito Santo e na Igreja Católica Apostólica Romana. Assumamos nossa razão de viver e testemunhemos a “graça” de pertencermos a Cristo.
Coragem! Que o amor a Cristo nos impele a lançar nossas redes, onde o Senhor desejar e nos levar e nos faça Amar como Ele, para sermos Luz e ornar a Santa Igreja, com muitos Santos.
Luca
3ª Semana de Páscoa
Sexta-Feira, 27 de Abril de 2012
3ª Semana da Páscoa
Naquele tempo, os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a comer?” 53Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. 55Porque a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue, verdadeira bebida. 56Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. 57Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim o que me come viverá por causa de mim. 58Este é o pão que desceu do céu. Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come este pão viverá para sempre”. 59Assim falou Jesus, ensinando na sinagoga em Cafarnaum. (Jo. 6,52-59)
Caríssimos, mais uma lição belíssima sobre a Eucaristia. O próprio Jesus nos ensina com palavras pronunciadas por Ele. Não há dúvidas. Não há questionamentos a cerca da grandeza e veracidade que na Santa Missa, é o próprio Jesus que se dá através da aparência do pão e do vinho. Recebemos literalmente o Senhor. É como diz um grande santo: vemos pão, mas é corpo. Sentimos o gosto de pão e vinho, mas é carne e sangue. Tocamos um pedaço de pão, mas na verdade é um pedado do corpo de Cristo. Só um dos órgãos dos sentidos não nos engana. Ouvimos do sacerdote que é corpo e sangue e de fato o é.
Hoje, gostaria que nos detivéssemos numa frase deste evangelho: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” .Entendamos bem o que diz Jesus. Quando recebemos a Eucaristia permanecemos em Jesus e Jesus em nós.
O que queremos mais, além disso, nesta vida que passa? Que anseios temos mais sublime que este? Onde buscar plenitude maior?
Não existe realidade mais suprema. É inconcebível. É extraordinário. A terra não ficou fria: Jesus ficou conosco. O que seria de nossa vida, se os sacrários não guardassem Jesus? O momento mais importante de nossa dia, de nossa vida, de toda história é quando Jesus vens ao nosso coração e como disse, permanece em nós e nós n’Ele.
Após cada comunhão realizada, Jesus está em nós e nós em Jesus. Somos uma coisa só. Quase ousamos repetir: não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim.
A quem temer? O que temer? Porque as angustias, as dúvidas? Porque não compreendemos tudo? Porque ainda ficamos presos em nós mesmos e nas nossas vontades mesquinhas? Porque insistimos em pensar somente em nós?
Nos transformamos naquele que recebemos. Porque não agimos como Ele?
Neste fim de semana, vamos colocar em prática est aspecto do evangelho: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”.
Permaneçamos em Jesus e deixemos que Ele aja em nós. Não somos capazes de enxergar o que poderá acontecer em nossa vida e ao nosso redor, se agimos assim.
Vamos a Santa Missa com esta consciência. Ela é grande demais para ser entendida completamente. Peçamos a graça a Deus de vivê-la adequadamente e que seus efeitos produzam frutos para glória de Deus, para o bem da Igreja, para a felicidade de muitos e para que a comunidade Lumem, seja aquilo que deve ser.
Bom final de semana a todos. Que cada reunião dos grupos seja uma antecipação da presença de Cristo que se dá na Eucaristia e que deseja ficar entre nós. Aproveitem e amemos como Jesus para sermos luz.
Luca