Caríssimos,
Meditei, algum tempo atrás, a carta apostólica do Sumo Pontífice Bento XVI, com a qual se proclama o ano da fé.
Agradeço a Deus por ter me dado a “graça” de receber este documento que trouxe uma “força nova” para alma e um desejo ardente de assumir cada palavra e sugestões do Santo Padre.
O documento inicia com tais palavras: “A porta da fé, que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na Sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira.”
Extraordinário!
“A porta de fé está sempre aberta para nós”. Independe de nossos pecados, de nossa pouca adesão, de nossa preguiça espiritual. Ela está sempre aberta. Para passar por ela, é “preciso deixar-se plasmar pela graça e anunciar a Palavra”.
Este caminho já se iniciou para nós, com o batismo e, só terminará com nosso encontro definitivo com o Autor da fé: Jesus. “É um caminho que leva a vida inteira”.
Este ano de fé, proclamado pelo Papa, que iniciou no dia 11 de outubro de 2012 e terminará em 24 de novembro de 2013, visa que cada católico, “redescubra o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”.
Parece-me, que no coração do Papa, exista uma preocupação, de que, nós, estejamos perdendo a real dimensão do nosso seguimento a Jesus, devido à secularização e relativismo que estamos imersos. Nada pode justificar a falta de nossa adesão a Cristo a Sua Igreja. “Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida”.
“Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos”.
Este ano é um “convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo”.
Nossa comunidade, cada Lumeniano, deve assumir como própria, o desejo do Papa. O que fazer então?
1. “Abandonar-se progressivamente nas mãos de um Amor que se experimenta cada vez mais, porque tem sua origem em Deus”.
2. Intensificar nossa reflexão sobre a fé.
3. Fazer publicamente nossa profissão de fé, através do Credo e rezá-lo todos os dias, especialmente no início de nossos encontros, reuniões, retiros, atividades. (marcaremos um ato público).
4. Intensificar a celebração da fé na Liturgia, particularmente na Eucaristia, realizando uma celebração penitencial, onde se peça perdão, particularmente pelos erros contra a fé. (marcaremos a celebração penitencial).
5. Testemunhar com a vida nossa adesão a Cristo.
6. Ler o Evangelho diário, estudar os documentos da Igreja, prioritariamente o Catecismo da Igreja Católica. (nosso programa de formação para o próximo ano).
7. Rezar constantemente pedindo o dom da fé.
8. Assumir as ações sociais que demonstram nossa fé, lembrando o apóstolo Tiago: “de que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiveres obras de fé?”
9. Evangelizar. Organizar nossos encontros de evangelização com ardor e imenso amor, pois “o amor de Cristo nos impele”.
10. Manter o olhar fixo sobre Jesus Cristo, e Cristo crucificado, buscando olhá-Lo através de olhar de Maria e João aos pés da cruz. Jesus “autor e consumador da fé”.
11. Recorrer a Maria, que “acolheu a palavra do anjo e acreditou no anúncio de que seria a Mãe de Deus na obediência de sua dedicação”.
12. Viver cada vez melhor e com mais decisão e coragem os conselhos evangélicos, especialmente o da obediência a Deus e a Igreja, sem hesitar jamais.
Sejamos fiéis depositários da fé que recebemos e gritemos com nossa vida que “cremos”. No documento, Bento XVI diz, lembrando o apóstolo Pedro, diz: “é por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, nos O amamos; sem O ver ainda, credes n´Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas”. (1 Pd. 1 6-9).
Lumenianos, proclamemos nossa fé aos quatro cantos. Digamos, se preciso com a voz, que cremos em Deus, em Jesus, no Espírito Santo e na Igreja Católica Apostólica Romana. Assumamos nossa razão de viver e testemunhemos a “graça” de pertencermos a Cristo.
Coragem! Que o amor a Cristo nos impele a lançar nossas redes, onde o Senhor desejar e nos levar e nos faça Amar como Ele, para sermos Luz e ornar a Santa Igreja, com muitos Santos.
Luca